Bioética

Nos últimos anos o progresso no campo da medicina é sem precedentes. Mas os avanços criaram problemas éticos*, embora tenham resolvido certos problemas médicos.
Os médicos têm de ponderar dilemas como os seguintes: haveria casos em que um tratamento médico agressivo devesse ser abandonado para que o paciente pudesse morrer com dignidade? Deveria o médico desconsiderar a decisão do paciente se achasse que seria para o bem do paciente? Como prestar assistência médica equitativamente quando tratamentos caros não estão disponíveis para todos?
Questões complexas como essas chamaram atenção para a disciplina médica chamada bioética. Essa especialidade tem por objetivo ajudar médicos e cientistas a lidar com as implicações éticas da pesquisa biológica e dos avanços na medicina. Já que muitas da maioria das decisões difíceis surgem nos hospitais, muitos hospitais criaram comissões de bioética. Em geral, os membros da comissão — entre os quais médicos e advogados — assistem a seminários de bioética, em que se analisam problemas éticos na medicina.
Algumas das perguntas que frequentemente surgem nesses seminários são: até que ponto os médicos devem respeitar as crenças das Testemunhas de Jeová que, primariamente por motivos religiosos, não aceitam transfusões de sangue? Deveria o médico administrar transfusão de sangue no paciente contra a vontade do paciente, se isso parecer “aconselhável” na opinião dos médicos? Seria ético fazer isso sem o conhecimento do paciente, como se ‘o que os olhos não veem o coração não sente’?
França (2008) diz o que alguns médicos tem buscado fazer quando se deparam com tal situação:
Para evitar o confronto com o paciente e os familiares, os cirurgiões buscam respeitar o dever prima facie de preservar a vida, a autonomia de vontade e a liberdade religiosa usando hemoterapias alternativas, a exemplo da HNA [hemodiluição normovolêmica aguda] e da transfusão autóloga, realizadas no perioperatório, utilizando o próprio sangue do paciente, por meio de um sistema fechado e conectado à veia da Testemunha de Jeová.
Para lidarem devidamente com essas questões, os médicos precisam entender de forma objetiva o ponto de vista das Testemunhas de Jeová.


*[negrito nosso em todos os textos].



As informações aqui expressas foram retiradas dos seguintes endereços:


Bioética e cirurgia sem sangue - A Sentinela anunciando o Reino de Jeová [15 de fevereiro de 1997 (revista física)]


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